Importância da Educação na Carreira Profissional

Um negociador tem a seu dispor táticas mais duras e táticas mais leves para utilizar em uma negociação. Greve é tática dura, pesada, uma tática mão de ferro. Usar tática mão de ferro pode ser produtivo em alguns casos, mas proporcional ao lucro tem o risco, é sempre assim. Dessa forma, não dando certo, a consequência normal de táticas mais pesadas é que saia sangue, de todos ou de pelo menos uma das partes. Pode acontecer sobrar pedaço de farpa para quem nada tem a ver com o pato. Briga é briga, é assim mesmo.

Na Bahia, nossos professores e o governo da Bahia resolveram pesar a mão e partir para a negociação com táticas duras: ninguém cede, tomo mundo tem razão e vamos nós com uma greve que já dura 90 dias. São três meses sem aulas nas escolas da rede pública estadual.

Sabe-se o quanto a educação de qualidade é importante para o seu futuro profissional, sendo assim, caso você não possua condições financeiras para arcar com os custos de um curso que desejas, poderá participar do programa Educa Mais Brasil 2021, que oferece bolsas de estudos de até 70%.

Se você deseja participar, poderá realizar as inscrições no programa através do site oficial, que fica disponível durante o ano todo. Basta escolher o curso que desejas realizar, ver se você se enquadra em todos requisitos e informar seus dados de forma correta.

A TV local tem noticiado esta greve no telejornal todo dia, já não se muda a pauta nas reuniões da redação, o que se decide é de onde serão feitas novas tomadas e que imagens de arquivo serão utilizadas. A negociação, pelo menos entre os jornalistas, tá mais fácil do que nunca sobre o que entra e o que não entra no jornal. Já partem com metade da pauta feita.

Não sou um grande fã de TV aberta nem de noticiários. Acho que os temas violência e política não são os únicos da minha vida, o que nos querem fazer parecer os jornais das TVs locais e nacionais.

Mas, em um desses descuidos de perda de tempo, peguei-me no café da manhã assistindo um desses telejornais que trouxe alguns dados interessantes sobre a economia americana, mostrando que os Estados Unidos não são mais o mesmo. Pesquisa recente, afirmou o jornal, mostrou que a taxa de desemprego do país fechou em 8,2% em maio deste ano, valor alto para os padrões americanos, mas nem tanto para os de cá.

Ainda neste campo, dos nove milhões de postos de trabalho perdidos desde a crise de 2008, menos da metade foram recuperados. Os jovens de lá, na faixa de 18 a 29 anos, tem o índice de desemprego bem pior que a média nacional, totalizando 13%, sendo ainda que os que conseguiram trabalho, 32% estão atuando fora da sua área de formação.

Nada de novo até aí, estamos sempre ouvindo notícias da crise nos Estados Unidos. Porém um dado perdido na reportagem chocou-me: uma pesquisa feita pela ex-secretária de estado americana, Condoleezza Rice, constata que não saber ler e escrever é um dos motivos principais que os jovens americanos não conseguem entrar nas forças armadas. Afirma ainda que o problema central se encontra de educação do ensino médio, que tem formado mal os jovens americanos, deixando lacunas graves principalmente em inglês e matemática.

Sempre tivemos o sonho de sermos americanos, assistindo os filmes de Hollywood. Era o nosso modelo ambicionado para viver: consumir, comprar carros, viajar, ter a casa própria. Agora, com esta malfadada negociação, que deixa nas ruas alunos com vontade de estudar aqui em baixo e a crise que assola a América de cima, acho que estamos mais perto do que nunca de nos tornarmos americanos. Ou será que são os americanos que estão se tornando brasileiros? Acho melhor começarem a passar filmes de outros países na sessão da tarde.

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